Closerie des Lilas

A Closerie de Lilas foi um dos cafés que fizeram a reputação de Montparnasse como um bairro boêmio. Segundo Hemingway era um dos melhores cafés de Paris, onde era quente no inverno e no outono e primavera um terraço super agradável. Mas a sua fama começou no final do século XIX porque ali acontecia o Baile Bullier, um dos mais célebres bailes de Paris ambientado no meio de um jardim de lilás. Toda a cidade esperava ansiosa para dançar em uma decoração digna de mil e uma noites. 

Antes ou depois dos bailes o lugar já era freqüentado por nomes como Emile Zola, Paul Cézanne e  Paul Verlaine. Ao longo de um século e meio a Closerie de Lilas recebeu grandes poetas e talentos artísticos como Modigliani, Picasso, Jean-Paul Sartre, Oscar Wilde, Man Ray e tantos outros.  

Você pode escolher entre o restaurante, a brasserie e o piano bar. Todos os ambientes são super agradáveis e em todos eles você vai sentir o clima “três français” e “charmant”. O menu é delicioso e agrada a todos. Algumas dicas provadas e aprovadas, as entradas: Ostras Belon n° 00, velouté de langoustines com espuma de castanha e mel, quenelles façon Closerie de Lilas. Como prato principal, homard roti beurre d’algues, pot-au-feu de cabillaud, filet de boeuf « Hemigway », cote de veau française au miel d’acacia. E para finalizar em grande estilo um mille feuille, um carrement chocolat, tarte mandarine e um café gourmand ! Hummm...  

La Closerie des Lilas 171, boulevard du Montparnasse 75014 Paris tel. 01 40 51 34 50

www.closeriedeslilas.fr

As apostas do inverno 2012/2013

Aconteceu essa semana em Paris o maior salão de prêt-a-porter da Europa, a Who’s Next. Marcas de todos os lugares do mundo, inclusive do Brasil, apresentaram as suas apostas nas coleções outono-inverno 2012/2013. O ano mal começou e já estamos falando do próximo inverno! As coleções estão bem bonitas, na sua maioria, porque como sabemos – há gosto para tudo. O Brasil foi super bem representado com roupas, sapatos e bijuterias. Um orgulho! A organização do evento contratou o escritório de tendências Nelly Rodi para ajudar e orientar os compradores quanto às novas correntes da moda, que também envolvem a arte, a gastronomia e o comportamento de certos grupos sociais.  Segundo o escritório de tendências, três grandes temas - grupos - terão destaque.

O primeiro foi chamado de Radicalmente Precioso, onde haverá uma nova maneira de viver o luxo. Linhas “Premium”, perfumes exclusivos, gastronomia “chic”, sofisticação. A procura do essencial e exclusivo será a chave desse grupo completamente “low profile”e a anti “show off”. O minimalismo é a grande estrela, linhas puras e sofisticadas. Nesse grupo há o retorno aos códigos aristocráticos e tradicionais, à educação, ao respeito, às boas maneiras. As cores são escuras e monocromáticas mas sempre com um toque de dourado, de precioso.  Très français.

O segundo grupo são os Insolentes ou o que eles chamaram de BCBD “bon chic, bien décalé”, ou seja, chiques e diferentes. São os novos “dandies” extravagantes que usam os códigos tradicionais com bastante humor e criatividade. Eles têm uma atitude positiva da vida, são leves, coloridos e vivem intensamente. Estão sempre à procura do prazer. Há um mix de cores e estilos como as inspirações dos anos 20, cores cítricas misturadas aos clássicos e lingerie e etc. Parisian irreverence.

O terceiro grupo “Shabby & Raw” – que ao pé da letra significa gasto e bruto ou natural – se apropria da cultura da rua, do desejo de se rebelar contra a pressão do mundo moderno e o grande sonho é viver no campo junto à natureza. Um grupo jovem e consumidor que aposta no mercado alternativo, reciclado, de segunda mão e que dá preferência ao comércio local (da esquina). O estilo é o mix, o transculturalismo, wild old school e o unissex. É o grupo dos coletivos criativos, profissionais liberais que se reúnem para promover seus próprios projetos, sejam designers, arquitetos ou apenas criativos.  Dare to be different.

Para ilustrar cada grupo foi montado um painel com várias peças de marcas expositoras e em cada salão alguns ambientes também tinham essas características. Ficou super interessante. Agora é aguardar e observar!

www.whosnext.com

www.nellyrodi.com

Clémentine, mandarine ou tangerine

Deliciosas e super cheirosas. Impossível comer discretamente já o perfume se espalha pelo ar. Frutas de inverno, elas são consumidas por todos, desde os pequenos até os grandes. Além de suculentas e refrescantes ainda são recheadas de vitaminas, o que as torna indispensável em épocas de frio. Podem ser apreciadas ao natural ou através de muitas receitas que vão desde doces até molhos e acompanhamentos para pratos salgados.  Sempre procurei saber a diferença entre clémentines, mandarines e tangerines e, voilà! É super interessante. A mandarine é fruta do mandarineiro, doce e menos ácida mas com bastante caroço. Ela também é chamada de tangerine ou tangerina – como a conhecemos – porque quando era exportada da China passava por Tanger – principal porto de Marrocos – antes de chegar até a América. Já o nome mandarine é em referência aos mandarins chineses. A clémentine tem a casca mais fina e não tem caroço. Ela vem do clémentier um cruzamento do mandarineiro e de outro cítrico chamado bigaradier. Esse cruzamento foi feito em 1902 na Argélia, no jardim de um orfanato dirigido pelo padre Clément – daí o seu nome – e, que logo foi levada para a Espanha e França. Tanto as clémentines quanto as tangerines tem o mesmo valor nutricional, são fontes de fibras, vitamina C, ácido fólico e potássio. Uma simples clémentine fornece a metade da dose diária recomendada de vitamina C para uma mulher. Olha que maravilha!!!

Guillaume, déco no Marais

Guillaume Excoffier acaba de abrir a sua « Guillaume » uma boutique design no Alto Marais. A sua primeira loja é um sonho realizado sob medida e por isso deu o seu nome à loja. É o universo de um decorador, de apenas 30 anos, que vem cheio de audácia e frescor. Ele propõe uma seleção eclética de peças vintage e contemporâneas. Sua decoração não censura nenhuma época mesmo que seja nítida a sua predileção pelos anos 60 e 70. Sua característica é a elegância fácil com uma mistura do contemporâneo, peças chinesas e algumas pequenas marcas atuais e ainda pouco conhecidas pelos franceses, como os tapetes de Madeline Weinrib, as almofadas de John Robshaw e as cerâmicas de Waylande Gregory. Objetos que ele mistura instintivamente à sua coleção de móveis e a outros objetos antigos. A arrumação da loja é autêntica, parece que estamos na sua própria casa. Guillaume quer que esse espaço esteja sempre em movimento e a idéia é mudar a arrumação constantemente. Elas serão sempre temáticas e originais. A atmosfera é “kitsch” sem fingimento, o próximo tema ?! O Saint Valentin – Dia dos Namorados, que aqui comemoramos em fevereiro. Vale lembrar que os objetos vendidos não são exclusividades para milionários.....Mille mercis!

Guillaume, rue Saint Anastase 75003 Paris